Lu Vitti é uma estrela natural, seu carisma e energia no palco são marcas características de uma mulher aguerrida e de personalidade forte. Representante da cena underground (com orgulho, segundo ela) Paulista, seus shows são um misto de entrega e paixão, com uma voz única e inconfundível. Batemos um papo com ela, que contou os desafios de seguir carreira musical e também atuar. Confira:
NC: Carreira musical no Brasil é difícil, cite suas principais dificuldades?
Lu Vitti: Não é que seja difícil, mas depende do segmento que irá escolher. Por exemplo: se for um músico de orquestra ou um músico que segue carreira instrumental pode ter menos campo de trabalho que um intérprete de uma banda de baile. Para bandas autorais e cantores que querem seguir carreira solo, também enfrentam uma certa dificuldade devido ao grande número de artistas e pouco espaço, mesmo com a internet, para realizarem seus shows.
NC: Quais são suas referências musicais e o que está ouvindo no momento?
LV: Minhas referências musicais começaram na seresta e no choro brasileiro e de clássicos da MPB, depois, já adulta passei a ouvir muito rock, blues e jazz que somou demais ao meu conhecimento musical.
No momento escuto mais música negra americana dos anos 60, 70 como Al Green, Stevie Wonder e Donny Hataway, pelo registro vocal e a melodia me agradarem muito.
NC: Qual a sensação de subir ao palco e cantar para uma plateia lotada?
LV: Cantar é maravilhoso de qualquer maneira, até mesmo quando está sozinho e você vibra a música dentro de você, mas confesso que cantar para uma plateia lotada tem uma energia que até mesmo depois do show fica difícil desligar, a energia é absurda!
NC:O que é mais difícil, cantar ou atuar?
LV: Para mim atuar cantando é muito fácil,mas se tem um espetáculo ou um personagem mais rebuscado, eu tenho que estudar muito para chegar no mínimo que quero. Já cantar é algo fluído pra mim, acredito ter mais “feeling”
NC: Cite um momento marcante de sua carreira?
LV: Cantar num festival em Viena, na Áustria, pois percebi o quanto meu trabalho era interessante artisticamente e isso trouxe segurança para eu gravar meu primeiro CD.
NC: Com quem gostaria de dividir o palco?
Rod Stewart, Mick Jagger, Angela Rorô( que já dividi no lançamento do CD)
Roberto Carlos, Erasmo Carlos, vixi…. Melhor parar por aqui…(risos)
NC: Quem é sua grande musa inspiradora e por quê?
LV: Não tem como dizer uma só. Mas as negras americanas como Tina Turner, Sarah Vaugahn , Ella Fitzgerald , Nina Simone, Billy Holliday, Etta James. E as brasileiras Elza Soares, Clara Nunes, Elis Regina, Alcione, Angela Roro, Cássia Eller e Rita Lee.
NC: Grande sonho
LV: Estar na grande mídia para mais oportunidades de desenvolver meu trabalho artístico e musical. Gravar um DVD, também.