A ascensão de João Pedro Sorgi

Herói substantivo masculino

p.ext. indivíduo notabilizado por suas realizações, seus feitos guerreiros, coragem, abnegação, magnanimidade etc.

Talvez essa seja uma definição apropriada para nosso personagem de hoje. Vamos contar um pouco da história de João Pedro Sorgi, tenista de 24 anos, nascido na cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo e que foi o responsável por dar ao Brasil o último ponto no duelo contra a República Dominicana no embate pela Copa Davis, isso logo em sua estreia na competição.

Mas muito se engana quem pensa que a caminhada até esse momento foi fácil para o jovem tenista, que teve que conviver com a falta de apoio e patrocínio durante a carreira.

Batemos um papo com ele logo após sua vitória histórica, confira!

NC: Como começou a jogar tênis?

João Pedro Sorgi: Comecei a jogar tênis aos oito anos de idade. Eu jogava futebol e minha irmã jogava tênis em nossa cidade e eu sempre gostei muito de esporte. Comecei a acompanhar as aulas dela e a praticar tênis, também. Nisso, a partir do momento que comecei a treinar e a gostar do esporte, deixei de jogar futebol e segui somente com o tênis.

NC: Tem algum outro esporte que pratica ou acompanhe?

JPS: Acompanho bastante futebol, sou torcedor do Palmeiras. Gosto também de assistir jogos de vôlei, sobretudo os da seleção.

NC: Quais foram as principais dificuldades encontradas ao seguir a carreira profissional?

JPS: Praticar tênis envolve um investimento muito alto, meus pais sempre tiveram condições de me apoiar. A grande dificuldade que enfrentei foi o amadurecimento, de entender o circuito profissional e saber lidar com as dificuldades que aparecessem e evoluir. Acho que essa é uma questão muito importante da transição do juvenil para o profissional.


NC: Quando juvenil, você já ganhou do Dominic Thiem, top 10 do ranking, conta para a gente como foi essa partida.

JPS: Eu joguei contra ele em Milão, em um torneio preparatório para Roland Garros. Foi uma semana incrível! Eu joguei muito bem durante todo o torneio, chegando até a semifinal. Ganhei dele nas quartas, foi uma partida que consegui jogar um grande tênis.

NC: Como driblar a falta de apoio e investimento no tênis?

JPS: Pois é. Principalmente no Brasil acredito que é difícil você conseguir apoio financeiro no tênis e como falei eu sempre tive condições financeiras para jogar, graças ao trabalho duro dos meus pais que propiciou as condições necessárias para me oferecer bastante oportunidades.

NC: Qual foi a emoção e o que sentiu ao ser convidado pela primeira vez para defender o Brasil na Copa Davis?

JPS: Foi uma emoção indescritível é muito especial. Quando eu recebi a noticia fiquei extremamente feliz e empolgado com a ideia de fazer parte de um grupo de Copa Davis, que é muito seleto e representar o Brasil juntamente com aquelas pessoas incríveis que fazem parte da equipe. Realmente eu fiquei muito feliz e animado.

João Pedro Sorgi

NC: Quais são suas metas a médio e longo prazo?

JPS: A médio prazo acredito que retornar a posição do ranking próxima a 250, buscando furar o top 200 e poder jogar os torneios de nível Challenger, me aventurando, eventualmente, em alguns ATP, nos qualis e poder também jogar os torneios de Grand Slam como profissional. A longo prazo, buscar estar entre os 100, ou quem sabe, entre os 50 melhores jogadores do mundo. Quando você está entre os 50, 70 melhores você consegue consolidar bem sua carreira como tenista. Meu sonho é atingir o top 10.

NC: Conte nos um jogo inesquecível?

JPS: Foi jogar o quinto ponto contra a República Dominicana na Copa Davis. Uma emoção indescritível e uma partida extremamente prazerosa de se jogar. Desfrutei muito de todo aquele momento e ainda mais conseguir sair com a vitória e dar o ponto decisivo ao Brasil foi sem dúvidas muito emocionante.

NC: Qual jogador admira e por quê?

JPS: Meu ídolo atual no circuito chama-se Roger Federer. Eu idolatro esse cara, acho ele um gênio. O que ele faz pelo tênis é algo incrível, o que ele joga até hoje o torna um competidor inacreditável. A forma dele trabalhar e como ele alcança seus objetivos é impressionante. Outro jogador que admiro é o Rafael Nadal, pois acredito que não há nenhum outro atleta tão competitivo quanto ele, que consegue jogar próximo do seu limite, com intensidade e determinação impressionantes.

Roger Federer

NC: Que recado você daria para os jovens que estão começando no tênis?

JPS:Vocês são jovens, aproveitem bastante o tênis e desfrutem cada momento desse esporte prazeroso. Aproveitar esse momento para tentar melhorar a cada dia e se tornar mais profissional, aprender coisas novas e aprender lidar com as situações de competição.

Sobre o Autor
Formado em Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero e Especialista em Assessoria de Comunicação e Mídias Sociais pela Universidade Anhembi Morumbi, profissional com mais de 10 anos de experiência em comunicação organizacional. Desenvolvimento de atividades como: relacionamento com o público interno, coordenação e estratégias de criação e comercialização de campanhas em mídias sociais, trade marketing e comunicação externa. Know how em gestão de canais, organização de eventos, cerimonial e protocolo, relacionamento com stakeholders, além de coordenação da edição de publicações técnicas. Responsável pela carreira e imagem de atletas de performance e profissionais, além do gerenciamento da comunicação organizacional e marketing de empresas dos ramos de esportes, qualidade de vida, cultura, ensino e entretenimento, atendendo contas como CNA Idiomas e Sutton São Paulo. Atuou como docente convidado do módulo Relações Públicas, Assessoria e Comunicação Interna no curso de pós graduação de Gestão da Comunicação Integrada do Senac. Também ministra palestras sobre temas variados de comunicação.
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