Essa pergunta muitas vezes é feita ao longo da vida. Ser campeão nos esportes e na vida, entretanto não é uma das
tarefas mais fáceis. Desde muito cedo, as pessoas são condicionadas a passarem por provas, testes, que definem caráter, suas oportunidades e o rumo que irão seguir. São provas para ingressar numa faculdade, tirar a carteira de motorista, conquistar uma vaga de emprego, a seleção natural de Darwin aplicada ao dia a dia.
O esforço sempre será recompensado e os esportes são uma prova disso. Atletas de elite abdicam de muitas coisas para fazer o que gostam e viver seus sonhos. Uma vida regrada de treinos, dietas, viagens, períodos longe da família, são apenas alguns dos pontos da vida de quem se dedica ao esporte de alto rendimento. E nesse contexto que chegamos na história do Diogo Villarinho.
Natural de Goiânia, Diogo é considerado um prodígio da Maratona Aquática, chamando atenção de membros da CBDA por ter potencial para representar o país nas Olimpíadas. Em 2015, aos 21 anos e no seu auge, ele descobriu um câncer de tireoide e após orientação médica decidiu continuar os treinos visando a disputa do Mundial de Kazan. No Mundial conquistou a prata por equipes nos 5k, mas infelizmente não conseguiu o índice olímpico para a disputa dos Jogos Rio 2016. E para quem pensa que ele desanimou, muito se engana. Após o Mundial, Diogo passou por uma cirurgia e menos de um mês e meio já estava nas águas chinesas disputando uma etapa da Copa do Mundo de Maratona Aquática “Mal conseguia mexer o pescoço” brinca o nadador. Sempre com um sorriso no rosto, sua marca registrada, Diogo superou cada obstáculo e deu a lição de que na vida devemos encarar com o otimismo os problemas, mesmo que isso as vezes nos custe nossos sonhos.
E para quem pensa que as conquistas do nadador pararam por ai, se engana mais uma vez.
Na disputa do Troféu Maria Lenk, na semana passada no Rio de Janeiro, o goiano superou suas melhores marcas pessoais nos 800 e 1500m livres levando para casa duas medalhas de bronze, suas primeiras em Campeonatos Brasileiros absolutos.
Próxima parada: Foz do Iguaçu, entre os dias 11 e 13 de maio, seletiva de Maratona Aquática para o mundial de Budapeste e vamos junto com nosso campeão.
Não existe uma fórmula exata para ser um campeão, mas com certeza histórias como a do Diogo nos inspiram e nos fazem ter um olhar de otimismo para os problemas. Trabalho duro e sorriso no rosto sempre funcionarão perfeitamente em busca da realização de cada objetivo e cada sonho.