Voltei ao Brasil em julho de 2011 e desde 2012 me dedico ao treinamento competitivo amador de tênis e Beach Tennis.
Os treinos geralmente envolvem tenistas acima de 25 anos, que buscam aprimorar o jogo e também inclui jogadores universitários de competição. Acredito que o grande segredo para motivar os atletas a treinarem, seja se interessar por cada um e individualizar os treinos.
Parece bem simples e fácil, mas é um processo complicado pelas expectativas que os jogadores têm de melhora imediata, que por vezes não acontece.
O dia a dia é algo desafiante para o aluno e o treinador, pois inclui obstáculos como mensurar o progresso e a periodização.
Tudo é possível, mas depende muito da motivação intrínseca do pupilo. Alguns têm isso de sobra, se esforçam bastante e dão 100%, são capazes de absorverem todas as dicas. Outros alunos, por outro lado, são resistentes em ouvir e promover mudanças no seu jogo, que por vezes pode causar uma piora de alguns fundamentos antes de chegar ao ponto ideal. Tudo exige muito trabalho e disciplina.
No mundo imediatista que vivemos, as pessoas procuram soluções rápidas, palavras bonitas, não aceitam e não querem ouvir a verdade. Mudei muito, mas ainda sou do tipo que fala o que acha que tem que ser dito, mesmo sendo o primeiro a elogiar quando vê algum tipo de progresso.
Por ter sido tenista profissional vou confessar que sou um treinador exigente, mas sempre procuro o melhor para meus alunos. Alguns assimilam bem e evoluem, em outros casos ouço algumas reclamações que me fazem rever alguns pontos. A grande questão é tornar o treinamento competitivo igualmente prazeroso e com toques de diversão, para que não se torne mais uma atividade maçante do cotidiano.
Tendo diferentes tipos de comportamento e de perfis de alunos durante o treinamento, sigo alguns pontos para organizar esse tipo de atividade:
1) Pensar e organizar o treino levando em conta os alunos;
2) Adaptar e mudar se necessário;
3) Nivelar o treino por cima.
E algumas dicas que dou para meus alunos que queiram fazer parte do treino competitivo:
1) Se preparar, alimentar-se e dormir para chegar ao treino com disposição;
2) pensar nos pontos que precisa treinar e compartilhar com o coach;
3) Confiar no treinador e no treino passado;
3) Evitar a preguiça e as desculpas
Enfim, criar uma relação de confiança com o atleta é fundamental. Em alguns casos me torno confidente deles e em outros não há adaptação e eles optam por desistir ou até mesmo trocar de treinador, que geralmente é um caminho mais fácil para aqueles que não querem pagar o alto preço das mudanças.
Se quiserem treinar duro, se divertir e participar do universo competitivo amador venham falar comigo! Juntos iremos trabalhar duro em busca de grandes objetivos!